Essa semana iniciamos as dicas culturais com uma visita ao Parque Ibirapuera. Nas dicas de cinema, dois filmes (Justiça em Família) e (O Quarto de Jack), além da série Tudo vai ficar bem. Na literatura a dica é a entrevista com a escritora Glafira Menezes Corti e a crônica O dia que choveu Rolling Stones no Pacaembu. Bom divertimento.
Dica de Passeio: #LivreParaBrincarLáFora
Recomendado: Todas as idades
Quando: Atração fixa
Horários: das 5h às 23h
Preços: Gratuito
Onde: Parque Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Vila Mariana – São Paulo
Informações: (11) 5574-5045
Facilidades:
• Abre em feriados
• Metrô
• Alimentação
• Petfriendly
• Espaço Família
• Rampas de acesso
Conversas sobre os cuidados com o meio ambiente estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia, e apresentar esse tema para as crianças desde cedo é fundamental para que elas cresçam sabendo da importância da preservação ambiental. Por isso, o Instituto Alana, com o apoio do movimento Parents for Future e da Urbia Parques, instalou uma bolha cinza gigante próxima ao lago do Parque Ibirapuera para chamar a atenção da população sobre um assunto: a poluição do ar. A iniciativa faz parte da campanha global #LivreParaBrincarLáFora (FreeToPlayOutside).
Além do objeto instalado, o Ibirapuera também recebeu no último dia 22 de julho a campanha NÓS >> o movimento, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU). São diversos totens digitais espalhados pelo local com mensagens sobre bem-estar e proteção de áreas verdes.
A ação também faz parte de uma das iniciativas que antecedem a 26ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 26), que será realizada entre os dias 1 e 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia.
Crédito das imagens: Divulgação Urbia Parques
Site: https://saopauloparacriancas.com.br/parque-cidade-inflaveis/
FILME: JUSTIÇA EM FAMÍLIA
Título original: Sweet Girl (Doce Menina), Justiça em Família
Elenco: Jason Momoa, Isabela Merced e Adria Arjona
Direção: Brian Mendoza
Filme de 2021, com duração de 1 h 50 min
Classificação: 16 anos
“Justiça em Família”, é um filme do gênero ação veiculada pela Netflix, que retrata a vida do personagem Ray Cooper, interpretado pelo ator Jason Momoa, um dedicado pai de família que procura justiça contra a companhia farmacêutica responsável por tirar do mercado um medicamento que poderia salvar a vida de sua esposa, interpretada pela atriz Adria Arjona, que morre vítima de um câncer. A busca pela verdade sobre a retirada do medicamento do mercado farmacêutico, coloca sua filha Rachel, interpretada pela atriz Isabela Merced, em perigo, a missão de seu pai se torna uma caçada por vingança para proteger a única família que lhe resta.
FILME: O QUARTO DE JACK
Filme de 2016 que recebeu vários prêmios, sendo o principal o Oscar de Melhor Atriz, Brie Larson.
Joy e seu filho Jack vivem isolados em um quarto. O único contato que ambos têm com o mundo exterior é a visita periódica do Velho Nick, o homem que os mantém em cativeiro. Joy faz o possível para tornar suportável a vida no local. Quando seu filho completa cinco anos, ela decide elaborar um plano de fuga. Com a ajuda de Jack, ela tenta enganar Nick para retornar à realidade e apresentar um novo mundo a seu filho. Para assistir na Netflix.
SÉRIE -TUDO VAI FICAR BEM
Título original: Todo va a estar bien (Tudo vai ficar bem), Todo va a estar bien
Elenco: Lucía Uribe Bracho, Flavio Medina, Isabella Vazquez Morales e Mercedes Hernández
Direção: Diego Luna
Série de 2021, 1 Temporada com 8 Episódios
Classificação: 16 anos
“Todo va estar bien”, é uma série mexicana do gênero comédia e drama familiar veiculada pela Netflix, que retrata a vida e o conceito de família, bem como as dinâmicas familiares na atualidade, principalmente de um casal separado que decide continuar morando juntos mesmo depois do divórcio finalizado, a fim de que a família se ajude durante esse momento extremamente difícil.
ENTREVISTA COM GLAFIRA MENEZES CORTI
A TV APAMEC entrevistou no dia 27 de agosto a escritora Glafira Menezes Corti. Está disponível no YouTube TV APAMEC e na @APAMECoficial no Facebook. A seguir capas dos livros da escritora editada pela Editora Matarazzo.
O DIA QUE CHOVEU ROLLING STONES NO PACAEMBU
Crônica de José Yglesias
Em meados de 1994 veio a grande notícia, a vinda pela primeira vez dos Rolling Stones para show no Brasil.
O primeiro show estava marcado para o dia 27 de janeiro de 1995, na arena sagrada do Pacaembu, local onde ri, chorei, vibrei acompanhando o maior time do mundo o Corinthians.
Corinthiano não é torcedor e adepto. Só nós entendemos isso. E para minha felicidade, comprei dois ingressos no local mais privilegiado do Pacaembu, no campo, solo sagrado, onde pisaram meus ídolos e meus algozes.
O grande dia chegou.
Eu com minha filha de 16 anos, numa sexta-feira maravilhosa, um sol escaldante, um dia típico de verão, temperatura elevada, enfim um dia perfeito, para a nossa comunidade roqueira, rumo ao Pacaembu.
Como é tradicional várias atrações estavam escaladas para fazer a abertura do show. A primeira a se apresentar era a minha banda do coração, Barão Vermelho, com Frejat no vocal.
Finalmente chegou a hora do show, ao final da tarde. Poucos minutos depois, ela que não tinha sido convidada chegou: a chuva.
Chuva é modo de falar, pois foi um tremendo temporal, típico do verão em São Paulo.
A apresentação do Barão Vermelho foi encerrada prematuramente, e a Rita Lee que viria em seguida foi cancelada.
Era um temporal torrencial, e como é normal nesses casos, vem aquela pancada de chuva e depois para.
Parava alguns minutos, que para nós eram um alívio, pois estávamos todos encharcados, e vinha outra pancada de chuva, mais forte ainda e eu dizia para as pessoas próximas: agora acabou.
Parecia que os deuses da música e principalmente do rock rol estavam testando a nossa paciência: querem curtir os Rolling Stones (as pedras rolantes), antes vão ter de suportar horas de chuvas para merecerem esse privilégio.
Nesse dia São Paulo ficou intransitável em várias partes da cidade, com inundação generalizada.
Finalmente a banda Spin Doctors conseguiu se apresentar, debaixo de chuva mais fraca.
Depois disso um larga espera que durou aproximadamente quase duas horas, sem ninguém dizer quando iria recomeçar.
A única certeza que tínhamos era a chuva, essa continuava a nos sacanear.
Não demorou muito o pessoal por falta de informações começou a se revoltar, se aproximando do palco e a direção do show, ao invés de acalmar a galera, que estava no gramado encharcada até a alma, enviou a tropa de choque da Polícia Militar com os seus cacetetes para arrebentar na porrada se fosse preciso aquela galera mista de quarentões e jovens. Os jovens muitos acompanhados de seus pais, como era meu caso, com a minha filha de 16 anos.
A galera recuou amedrontada, afinal, estamos ali para curtir o bom e velho rock roll, realizar o sonho de ouvir, dançar, pular e não para brigar.
Confesso que meu sangre espanhol falou mais alto, e numa atitude irracional, tirei o tapume que estava protegendo o gramado, uma placa quadrada de compensado e levantei o mais alto possível e liderei uma revolta, contra a opressão.
A molecada me acompanhou e com as placas bem acima de nossa cabeças dezenas enfrentaram a força policial.
Esse clima hostil durou uma eternidade de alguns minutos e para nossa sorte os policiais recuaram, tiveram o bom sendo e em seguida a direção avisou que faltava alguns detalhes para inicial o esperado show.
Por volta das 23 horas o palco se ilumina uma cobra cuspe fogo e início o grande dia.
Sobre o show foi uma das maiores que participei, porque roqueiro que se preze não assisti, mas participa, faz parte do show.
Quem nunca ouviu Rolling Stones, não ousa música gravada em estúdio, mas sim músicas gravadas em show.
Rolling Stones é maior banda a tocar ao vivo do mundo, e a explicação é a energia que eles transmitam, sim senhores, as pedras rolantes de alegria, de anergia. Mick Jagger é pura energia no palco, Keith Richards com suas caras e bocas, nos embala ao som de sua guitarra, sem falar de Charlie Watts um lorde na sua bateria, tocando com a suavidade de um jazzista, diferente dos bateristas de outras bandas de rock, como se estendendo um tapete vermelho, para Jagger e Richards brilharem no palco.
Charlie foi o mais aplaudido nesse dia, mais de um 1 minuto aplaudido de pé por mais de 50 mil roqueiros, agradecendo por aqueles momentos mágicos, que já se vão 26 anos.
Que saudade!
Pensando bem, saudade do clima ao vivo, da energia, pois aquele clima vem a tona nesse momento que escrevi essa crônica regada ao som do bom e velho rock roll, dos Rolling Stones.
Homenagem a Charlie Watts que nos deixou em 24 de agosto de 2021. Descanse em paz. Continua muito vivo na nossa memória nos momentos que ouvimos e deixamos levar pela batida suave de sua batera. Obrigado.