Em 2015, fiz o curso de mediação judicial no TJBA, fiquei apaixonada pelo curso e pela eficiência das técnicas da mediação, os resultados são incríveis. No entanto, percebi um indicador que me chamou muita atenção: 80% das pessoas que possuíam processos judicializados, tinham somatizações e doenças, em função dos conflitos.
Precisamos trazer, para a área da resolução de conflitos, no judiciário e nas câmaras de mediação e arbitragem esse olhar mais integral entre o corpo e a mente, para isso defendo a inclusão dos terapeutas interativos antes das mediações e arbitragens, para auxiliar nessa percepção do corpo, através das Oficinas Sensoriais. Esses profissionais vão ajudar as partes, a perceberem seu corpo somatizados por doenças, em função de doenças, que muitas vezes está carente de um abraço, toque e que já manifestados em forma de brigas, para falar de forma oculta a necessidade dessa lacuna afetiva de suprir um desses 5 sentidos.
Realizando pesquisas percebi que já existia a expressão Marketing Sensorial, que é a estimulação dos 5 sentidos com o objetivo conquistar e fidelizar clientes, também existe a expressão Educação Sensorial, que consiste na estimulação dos 5 sentidos, para alavancar o aprendizado. Diante disso, fui nesse “embalo” e, em 2020, criei a expressão JUSTIÇA SENSORIAL, para expressar a tentativa de uma justiça estimulada pelos 5 sentidos, para trazer à tona a sensibilidade do indivíduo, durante a resolução de conflitos.
A JUSTIÇA SENSORIAL é um método inovador e mais humanizado, para resolução de conflitos, criado por mim, Sheila Rangel, que pode ser aplicado tanto na mediação, quanto na arbitragem. Este modelo de resolução de conflitos propõe uma Oficina Sensorial, com objetivo de estimular os cinco sentidos, para restabelecer a comunicação primária das emoções. Neste modelo, haverá a presença de um terapeuta interativo, trabalhando a estimulação sensorial das partes, com o objetivo de promover a conexão entre o corpo e a mente.
Eu criei esse método inovador ao observar, que a nossa comunicação primitiva ao nascermos está alicerçada nos 5 sentidos (olfato, tato, paladar, visão e audição). Na fase do bebê, em função do não desenvolvimento da falta, diversos mecanismos de comunicação são acionados, tais como a comunicação sensorial.
Quando o bebê começa a experimentar a emissão de som, vai em um processo evolutivo até conhecer as primeiras palavrinhas, depois a composição de uma frase e com o tempo consegue desenvolver um diálogo, com o passar dos anos. Em paralelo, vai reduzindo o uso sensorial desses mecanismos primitivos de comunicação, ficando assim em desuso os 5 sentidos. Isso de certa forma, ao longo dos anos, vai prejudicando a nossa percepção e equilíbrio entre o corpo e a mente.
Observo que a competitividade desenfreada, tem promovido um olhar mais intenso, para o mundo externo, desconectando o sujeito da sua percepção interna, com isso vamos ficando cada vez mais distante da exploração dos 5 sentidos (olfato, tato, paladar, visão e audição).
Minha proposta para a Justiça Sensorial é que possamos inserir Oficinas Sensoriais guiadas por terapeutas integrativos, antes da resolução de conflitos. Exemplo prático de funcionamento dessas Oficinas Sensoriais, para estimular o tato pode utilizar a massoterapia ;a musicoterapia seria utilizada para estímulo da audição; a cromoterapia para a visão); a aromaterapia estimularia o olfato e, finalizaríamos com um coffee break para o estímulo do paladar.
Com isso, o clima ficará mais leve, para a resolução de conflitos, já que houve uma integração dos 5 sentidos, que compõe a nossa comunicação básica e essencial, para conexão entre o corpo e a mente.
Esse método, vem como uma grande contribuição, para proporcionar que as partes conectem com o seu corpo, sendo esse um convite para que as partes percebam a vibração energética do próprio corpo, conduzido por um terapeuta integrativo, antes da Resolução de Conflitos.
Percebi que a saúde física, muitas vezes não é percebida como uma consequência maléfica, oriundo dos conflitos e emoções vivenciadas. Confesso que fiquei muito preocupada com o alto índice de pessoas adoecidas, sendo assim a criação desse método é a minha parcela de contribuição como mediadora, para aqueles que tenham percebido essa situação. Aos mediadores e árbitros, que queiram replicar esse método, sintam-se à vontade, assim além de contribuirmos para a resolução de conflitos , estaremos ofertando uma singela contribuição para a saúde mental e física das partes, para que as mesmas tenham a oportunidade de perceber seu corpo como um elo de conexão com as emoções.
Saúde física e mental estão diretamente relacionadas com as emoções. Vamos elevar a frequência vibracional, durante a resolução de conflitos ? Esse é um modelo disruptivo, que venho defendendo e já estamos com muitos mediadores e árbitros, adotando essa linha da Justiça Sensorial.
Fica aí a dica, às vezes a raiz do conflito pode ser o desalinhamento sensorial e isso ocasiona fortes emoções, consequentemente, comportamentos inadequados.
Sabia que a falta de um abraço (estímulo do tato), pode provocar emoções negativas ? E aí surgem os conflitos, que vão parar no judiciário.
E aí gostou? Quer ser um mediador sensorial ou árbitro sensorial? Venha conhecer mais sobre esse método. Junte – se a nós !! Siga o Instagram @sheilarangel para saber mais novidades.