MEDIANDO UMA FRANQUIA DE SUCESSO
” Os problemas que criamos não podem ser resolvidos com o mesmo pensamento que os criou” – Albert Einstein
A relação entre franqueadores e franqueados, além de uma relação comercial, é uma relação familiar, pois a partir da assinatura do contrato de franquia, cria-se um vínculo permanente. O franqueado realizando um sonho de ter um negócio próprio e o franqueador com a possibilidade de expandir o seu negócio que já foi testado, mas que precisa crescer. Estas expectativas são postas. Antes era um namoro sem muitas consequências, mas com a assinatura, tudo muda. Como uma relação familiar, apesar do amor, existem controvérsias ao longo do caminho e entendo que quanto mais estivermos conscientes desta relação, estaremos mais preparados para enfrentar os problemas que virão.
A franquia cria uma relação de ajuda mútua para o sucesso. O franqueador e o franqueado precisam estar na mesma direção, para realizar as expectativas tão sonhadas.
O franqueado precisa entender que ao entrar dentro da franquia, este está comprando uma roupa pronta e que ele precisa vesti-la, sabendo que não poderá mudá-la por conta própria e portanto, é muito importante vesti-la bem e ver se o que não está caindo bem, não o incomoda, pois se incomodar, com certeza teremos problemas. Por outro lado, o franqueador precisa analisar bem o perfil do franqueado e perguntar: será que ele vai ficar confortável na minha roupa? Se a resposta for não, é melhor nem começar.
Com a entrada deste franqueado na família e com o passar do tempo tudo vai mudando. O franqueado que não sabia muita coisa, vai passar a conhecer e automaticamente terá uma visão mais clara do negócio e começará a perguntar mais e opinar mais, pois agora ele não é mais um aprendiz. É neste momento que o franqueador precisa entender este processo. Aquele filho cresceu e precisa ser acolhido de uma forma diferente. O franqueador autoritário, com certeza, não terá espaço. Por esta razão, acredito na mediação como a ferramenta perfeita e indicada para as relações entre franqueador/franqueado, pois só a mediação, conseguirá trabalhar bem estes vínculos e fazer o novo pensar dito por Albert Einstein.
Nos momentos atuais as mudanças na ordem social, política, econômica e cultural tem demonstrado ser cada vez mais rápida, surpreendendo os empresários pelo dinamismo e radicalismo. Resulta em um convívio diversificado oferecido pelas múltiplas inter-relações entre os indivíduos e acaba por ser constituir em uma fonte inesgotável de conflitos que exigem respostas imediatas para que a convivência seja baseada no respeito, reconhecimento mútuo de diferenças e harmonia nas inter-relações.
A Mediação de Conflitos no contexto empresarial, contribui para a criação de espaço de diálogo em que se apresentam as diferenças e se redesenham de maneira participativa, dinâmica e pacífica os papeis que cabe a cada um nas inúmeras inter-relações existentes. Permite também estabelecer canais facilitadores da articulação e ao mesmo tempo convida a todos para uma reflexão responsável sobre a diversidade das temáticas da realidade atual, constituindo-se num verdadeiro desafio a preservação das relações de maneira equitativa e integradora.
A criação dos CEJUSCs como política pública, abre caminho, para que haja, o marco legal da mediação, como forma de dar aos participantes a segurança de que o Mediador é um profissional reconhecido pela sociedade. As ações do Poder Judiciário, através da implementação da cultura de paz, é um grande passo para que isto aconteça.