Roteiro do Método da Justiça Sensorial

ROTEIRO DO MÉTODO DA JUSTIÇA SENSORIAL:

saindo do campo da razão para a emoção 

Sheila Rangel 

Pioneira em Justiça Sensorial 

Mediação Judicial TJBA

A área sensorial utilizando estímulo dos cinco sentidos (olfato, tato, paladar, visão e audição), vem sendo estudada em diversos seguimentos, tais como: marketing, educação. Nestas áreas deu-se o nome de Marketing Sensorial, tem como objetivo fidelizar e/ou conquistar novos clientes. Já a área da Educação Sensorial, propõe a estimulação dos 5 sentidos, para promover um melhor aprendizado. Percebi ao longo das minhas pesquisas, diversos estudiosos e segmentos debruçados sobre a influência sensorial em relação as emoções e ao comportamento humano. O cérebro reage positivamente ou negativamente, aos estímulos sensoriais sem   necessidade da oralidade. Nesta perspectiva, estudiosos detectaram a comunicação direta com o cérebro, quando os gatilhos sensoriais são acionados.

Seguindo essa inspiração desses estudos sensoriais, “batizei” a expressão JUSTIÇA SENSORIAL, como sendo um método para resolução de conflitos, através da estimulação prévia dos 5 sentidos, antes das sessões de mediação e arbitragem.

Tenho levantado essa bandeira do cuidado com a transmutação das emoções, durante as sessões de mediação e arbitragem, pois acredito que nossas emoções são  impermanentes e nosso cérebro recebe os comandos dos 5 sentidos, para mudança de comportamento e decisões. Diante disso, nesse método convido aos participantes a saírem um pouco do campo da razão e acessar o campo na emoção.

Quando as partes estão dominadas pela emoção do medo terão comportamentos de agressividade e culpabilidade. Essa baixa vibração oriunda desse sentimento, não possibilita ideias construtivas, para solução do conflito. Diante disso, é necessário transmutar essa emoção, através de estímulos sensoriais, para substituir por emoções positivas, que promovam maior elevação vibracional. O resultado? Maior  clareza das ideias e assim, haverá novo comportamento, gerando mais empatia e colaboração, para resolução de conflitos.

Sim !! O nosso cérebro desconhece palavras, ele apenas vibra e sente. E esse “sentir”, tem como “porta de entrada” os estímulos sensoriais. Estudos do neuromarketing e da neuropsicologia, já exploram isso com bastante propriedade. 

Esse método da JUSTIÇA SENSORIAL  surge como ferramenta ativa do mediador, para conduzir uma mediação de forma menos tensa, já que as terapias integrativas utilizadas, durante,  as Oficinas Sensoriais promoverão a estimulação dos 5 sentidos de forma positiva, levando ao cérebro informações, para transmutar as baixas frequências vibracionais, para níveis mais elevados de vibração. 

À medida que mudamos de faixas vibracionais, nosso cérebro vai acompanhando uma expansão progressiva de consciência, promovendo assim maior clareza nas ideias, para tomada de decisões. 

Nesta perspectiva, proponho três etapas  que deve seguir no método da JUSTIÇA SENSORIAL:

A primeira  é uma pré mediação individual com as partes e advogados, este  é o primeiro contato com o mediador, onde inicia-se uma relação de confiança com o mediador . Nesta etapa validamos os sentimentos e  explicamos sobre o Método e em seguida agendamos a data das Oficinas Sensoriais.

A segunda etapa consiste nas Oficinas Sensoriais, onde ocorrerá a estimulação sensorial dos cinco sentidos, que será guiada por um terapeuta integrativo. Nesse momento, tanto as partes, quanto os advogados estarão presentes.  O terapeuta pode optar em atender todos em uma sessão conjunta, para a estimulação sensorial ou em sessões individuais com os seus respectivos advogados.

E por fim, a sessão de mediação sensorial, propriamente  dita, que consiste na aplicação das técnicas da mediação, como essa sessão será conduzida por um mediador sensorial, este tem a liberdade para complementar terapias integrativas, caso tenha interesse. Vale ressaltar que um dos aspectos básicos da mediação é a informalidade, nesta perspectiva a mediação sensorial estimula a expansão da consciência, respeitando os princípios da imparcialidade e confidencialidade.

E muitos perguntam: quem é esse mediador sensorial, como ele é capacitado, para atuar na Justiça Sensorial ?

É aquele que cuida das suas emoções, através da estimulação sensorial, utilizando terapias integrativas no dia a dia, pois o mesmo precisa confirmar os benefícios na sua qualidade de vida. Afinal, durante as sessões de mediação sensorial, este profissional terá que ter congruência entre a fala e sua vida diária . 

E aí gostou? Quer ser um mediador sensorial ou árbitro sensorial? Venha conhecer mais sobre esse método. Junte – se a nós !! Siga o Instagram @sheilarangel para saber mais novidades.